A UMBANDA QUE PRATICAMOS
A Umbanda é uma religião que sintetiza vários elementos das religiões africanas e cristãs. A Umbanda praticada pelo CEVE é a Umbanda de Nação, provinda da cultura africana do povo Iorubá.
O Iorubá é o povo negro da África Ocidental, a sudoeste da Nigéria, no Daomé e no Togo. A cultura iorubá foi introduzida no Brasil através dos negros na época da escravidão.
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A maior parte dos iorubás vive na Nigéria, mais precisamente na região sudoeste do país. Há também importantes comunidades presentes em Benim, Gana, Togo e Costa do Marfim. Devido ao tráfico de escravos, bastante ativo na área entre os séculos XV e XIX, muitos traços da cultura, língua, música e demais costumes foram disseminados por extensas regiões do continente americano, com destaque para Brasil, Cuba, Trinidad e Tobago e Haiti. Boa parte da população negra no Brasil veio de terras iorubás.
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Na mitologia Iorubá, o deus supremo é Olorum, chamado também de Olodumare. Ele é o Deus Supremo, criador de todas as coisas. As emanações (derivações) de Olorum são os Orixás. Diferente do que muitas pessoas pensam, a tradição Iorubá é monoteísta, ou seja, crê em um único Deus já que os Orixás são manifestações de um único Deus e as entidades (caboclo, preto velho, baiano, etc) são manifestações dos Orixás.
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Fazendo uma analogia com o cristianismo, as entidades seriam semelhantes aos “santos” ou aos “anjos”, enquanto que os Orixás seriam mais próximos ao símbolo de “Cristo”.
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A Umbanda acredita que os Orixás são a representação da energia da Natureza e é tal força que auxilia os seres humanos nas dificuldades do dia a dia.
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Na Umbanda, não se incorporam os Orixás. O que acontece é a manifestação dos Falangeiros dos Orixás, que conhecemos como Guias ou Entidades que trabalham sob a ordem de um determinado Orixá.