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RITUALÍSTICA

Buscar um entendimento maior só faz sentido se for para compartilhá-lo e, assim, promover o despertar.

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A Umbanda tem sua própria essência e simbologia. Quem busca esse caminho precisa estar disposto a se comunicar em outro nível. Elevar-se para, então, comungar de seus fundamentos e receber todo amor que emana do plano espiritual.

 

Uma liturgia que tem sua base na Natureza e origem nas manifestações folclóricas da cultura afro-ameríndia-brasileira. Em seus ritos e tradições temos algo mais além. Na complexidade gerada a partir da união desses três pilares, temos uma proposta pura e espontânea de reflexão e interação com a Totalidade. 

 

Ao longo dos anos, a interação dos idiomas africanos e indígenas (Tupi-Guarani) encontrou novo caminho e forma, observada nos rituais que traduz o respeito ao sombrio tempo da escravidão, tanto daqueles de pele negra quanto vermelha. Um caminho longo, cheio de nuances e mistérios, que compõem toda a riqueza que simboliza a Umbanda.

 

Com o objetivo de alcançar o coração de todos, e para que se possa estudar seus ritos, convencionou-se definir a Umbanda como uma espécie de Filosofia. Uma Ciência Oculta, com sua parte Arte e sua parte Religião.

 

Seu objetivo é o de promover a comunicação entre os planos material e imaterial da existência, por meio do desenvolvimento de seus médiuns.

 

Na Umbanda, apesar das bases filosóficas serem as mesmas, os fundamentos ritualísticos seguem os valores adotados por cada Terreiro. Isso porque, ainda que orientados por vetores comuns, a espiritualidade é sábia e respeita a liberdade de expressão de cada núcleo de desenvolvimento que, por afinidade, escolheu estar junto naquele tempo e missão.

 

A liberdade de expressão religiosa, associada às diferentes formações sócio-culturais dos dirigentes de Templos Umbandistas, colaborou para a formação de grupos com singularidades. Assim, é possível encontrarmos termos diferenciados para definir e justificar os diferentes métodos. Apareceram assim a Umbanda Branca, a Umbanda de Mesa, a Umbanda Esotérica, a Umbanda Popular, a Umbanda de Nação e outras.

 

Talvez até por conta do tempo em que vivemos, onde a diversidade impõe às pessoas sua presença e as desafia a superar suas crenças e preconceitos, as tradições - mesmo na religião, cultos e pilares da sociedade encontram-se frente um momento especial de vivenciar na prática a tão desejada tolerância. A pluralidade não é mais uma idéia abstrata. É real, está na nossa vida. As diferentes expressões e a fragmentação de títulos, então, também está na Umbanda e seus ritos.

 

Se voltarmos nosso olhar à Natureza, tudo tem sua essência lá.

 

A mesma Água, doce, se manifesta de várias maneiras e exerce diferentes funções. 

 

Porque na Umbanda, a exemplo da água doce, não poderia ser apresentada como Rio, Orvalho, Chuva, Cachoeira, Fonte, Neve e Vapor, alimentando a tudo e a todos com o encanto mágico do "Ciclo de suas Águas"? Ritualisticamente,  fundamenta-se nas tradições dos povos africanos já influenciados pelos aspectos doutrinários Cristãos. 

 

Entretanto, uma dos objetivos do Templo prevê a erradicação do sincretismo religioso estabelecido entre os Orixás africanos e os Santos católicos. Por se tratar de uma instituição espiritualista e não religiosa dogmática, uma vez que a Umbanda respalda seus ritos na Luz Espiritual contida na filosofia de todos os Mestres, toda manifestação de Sabedoria, seja ela oriental ou ocidental, é bem-vinda. A Umbanda, como ressurgimento ritualístico, é considerada uma manifestação brasileira e, a exemplo do Brasil, ainda se encontra em evolução.

 

Mas é preciso definir como ponto essencial que suas bases de orientação, ou seja sua  Síntese de Luz proposta e os seus fundamentos, estão já perfeitamente afinados à nova Ordem Mundial. Isso é o que determina como algo definitivo a ruptura com rituais já ultrapassados, presentes em místicas oriundas de linguagens folclóricas e superstições do passado.

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