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INICIAÇÃO RITUALÍSTICA

“Quem fica na floresta um dia, quer escrever uma enciclopédia. Quem passa cinco anos, fica em silêncio para perceber o quanto é profunda e complexa a Criação...” - (Dom Pedro Casaldáliga)
 
"Se tiver vida dentro de você, você terá acesso aos segredos do tempo, pois a verdade do universo está em cada um e em todos os seres humanos" - (Morihei Ueshiba, fundador do Aikiô).

A experiência do nascimento é marcante e cria uma memória que acompanha o indivíduo por toda sua existência. Similar aos rituais da natureza, os movimentos no útero representam um espetáculo único, uma força criadora cheia de riqueza.

 

Singular em sons, cores, ritmos, texturas, espaços constituem um ambiente similar ao grande ritual iniciático. Uma comunhão dos povos, entregues em uma só Gira no Gongá de Odudua, honrando o Peji de Olorun. Um momento de consagração ao Divino. A dança Sagrada de Deus que, na cadência da Vida, nos faz Ser.

 

Existir com consciência. Em sua magnitude, a vida é um convite continuamente renovado a desenvolver a percepção sobre nós mesmos. Compreender a dinâmica das diferenças é sua mensagem permanente. É preciso Ser o contraste para perceber a coincidência. Morrer para renascer. É preciso sentir para pensar no novamente sentir. Sucessivos ciclos que a vida nos oferta, ricos em preceitos e fundamentos, iniciáticos e comprometidos em trabalhar a sensibilidade do homem frente às transformações e mutações da Natureza.

 

Um exercício constante de reconstruir-se, e significar-se a partir do olhar para dentro de si, com senso crítico, sem autopiedade. Trabalhar a compaixão a partir de si  para, então, levá-la ao outro. Esta é a regra do mundo. Conhecer-se e transformar-se, sem conformismo.

 

Imitar os feitos da Natureza e tentar repeti-los de forma ordenada sempre foi e sempre será desafio apaixonante para o homem. As grandes conquistas e descobertas aconteceram a partir dessa motivação, observando-se os fenômenos naturais.

 

As técnicas utilizadas nas navegações marítimas e aéreas, os sistemas fotográficos, o estudo dos astros, as manifestações artísticas como  os cantos e as danças são alguns exemplos que demonstram a importância dos rituais da Natureza através dos tempos.

 

A Umbanda, orientada por preceitos naturais, não necessariamente naturalistas, tem o compromisso de instruir seus adeptos a encontrar na Natureza as energias indispensáveis a uma vida espiritualmente saudável. Porém, isto não se faz apenas com a intenção: é preciso ritualizar,  seguir o curso dos rios, ouvir as pedras e Ver a Palavra de Deus.

 

As Iniciações ritualísticas acontecem em três etapas: 

A primeira trabalha a integração do iniciando com a Natureza através de exercícios elementares voltados ao desenvolvimento da sensibilidade.

 

A segunda apóia-se nas atividades ritualísticas destinadas ao desenvolvimento da capacidade de estabelecer, com as diferentes Linhas, um equilíbrio vibratório.

 

A terceira combina um programa teórico, associado a práticas, para que o iniciando aprenda a dirigir e realizar diferentes ritos.

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