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SACRIFÍCIO DE ANIMAIS

O CEVE não realiza rituais que envolvem sacrifícios de animais.

Esta restrição ritualística fundamenta-se nos Princípios, que pregam a Preservação e o Desenvolvimento da Vida. A prática de ritos que, direta ou indiretamente, atentam contra a Vida seria de tal forma incoerente. Porém, a posição do CEVE diante das tradições que praticam rituais com sacrifícios de animais é de profundo respeito. Isto porque conhecemos bem a forma sagrada de como tais animais são abatidos.

 

No Candomblé, cada animal sacrificado é previamente submetido a ritos que dignificam o ato. À Natureza são oferecidos os "Axés", e à comunidade o alimento. As partes do animal que são oferecidas aos Orixás correspondem a rigorosos preceitos litúrgicos. O restante é ofertado aos participantes e consumido durante as festas de encerramento das cerimônias iniciáticas. Esta tradição milenar é originária de uma época onde Deus, o Homem e a Natureza integravam a mesma "mesa" e partilhavam o mesmo "banquete".

 

Grandes festas como o Natal e a Páscoa são organizadas em torno de uma mesa farta. Nessas mesas, encontramos diversos animais e aves que foram abatidos pelo Homem e, na maioria das vezes, sem nenhum critério. Porque as festas realizadas pelo Candomblé não haveriam de ter a mesma fartura, porém com animais sacralizados? Sabemos que este é um tema polêmico e não temos a intenção de polemizar. Pretendemos apenas propor aos mais radicais uma reflexão, isenta de preconceito, discriminação e hipocrisia. Deixamos claro que o CEVE  não sacrifica animais por questão filosófica, e não por ignorância.

 

As propriedades "mágicas" encontradas no sangue vermelho são insubstituíveis. Porém, algumas ervas, desde que bem combinadas podem, com o seu sumo (sangue verde), suprir a ausência do sangue animal. A ritualização dos processos de plantio, colheita, e maceração garante a aquisição de substâncias energéticas adequadas aos diferentes tipos de rituais. Não estamos nos referindo aos princípios ativos das ervas. Extraímos a seiva e a utilizamos ritualisticamente em amacis, banhos, etc. O restante é secado e utilizado em defumações. Por questões éticas, o CEVE não ministra ervas ou qualquer produto com proposta medicamentosa.

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