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TRADIÇÃO RITUALÍSTICA
DO CEVE

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Interessado no processo do desenvolvimento espiritual em sintonia com a Natureza, o CEVE estruturou sua liturgia com base nos fundamentos da Umbanda. Entendemos que a cultura afro-ameríndia-brasileira, mais que um simples conjunto de manifestações folclóricas, é uma proposta pura e espontânea de reflexão e interação com a Totalidade.

A nomenclatura adotada a partir das línguas africanas e do idioma Tupi-Guarani, observada nos rituais e publicações do CEVE, representa o respeito histórico do Tempo ao período sombrio da escravidão; período este que se prolongou por vários séculos e forjou, nas peles negra e vermelha, os símbolos da Umbanda.

Para efeito de estudos, o CEVE define a Umbanda como Filosofia, Ciência Oculta, Arte e Religião, com a finalidade de coordenar o fenômeno da comunicação entre os planos material e imaterial da existência, através do desenvolvimento da percepção mediúnica ativa ou latente em todos os seres vivos. Na Umbanda, apesar das bases filosóficas serem as mesmas, os fundamentos ritualísticos sofrem variações de Templo para Templo. Isso, muitas vezes, gera distorções que podem resultar em interpretações contraditórias entre os Princípios essenciais e os rituais praticados. A liberdade de expressão religiosa, associada às diferentes formações sócio-culturais dos dirigentes de Templos Umbandistas, colaborou para a formação de grupos com tendências distintas.

Foram criados termos diferenciados para definir e justificar os diferentes métodos. Apareceram assim a Umbanda Branca, a Umbanda de Mesa, a Umbanda Esotérica, a Umbanda Popular, a Umbanda de Nação, etc. São apenas alguns exemplos que caracterizam diferentes modalidades ritualísticas e doutrinárias, visando todas elas atingir os mesmos objetivos.

Apesar de não comungar com a ideia de adjetivar uma tradição, fragmentando-a, a posição do CEVE, em relação a essa pluralidade de modalidades de Umbanda, é de respeito. Um respeito fundamentado no simples fato de reconhecer, por alegoria, que a mesma Água doce se manifesta de várias maneiras, e exerce diferentes funções na Natureza. Porque a Umbanda, a exemplo da Água doce, não poderia ser apresentada como Rio, Orvalho, Chuva, Cachoeira, Fonte, Neve, Vapor, etc, alimentando a tudo e a todos com o encanto mágico do "Ciclo de suas Águas"?

Ritualisticamente, o CEVE fundamenta-se nas tradições dos povos africanos já influenciados pelos aspectos doutrinários Cristãos. Entretanto, uma das metas do CEVE prevê a erradicação do sincretismo religioso do contexto representativo. As relações estabelecidas entre os Orixás africanos e os Santos católicos, durante o período da escravidão, são vistas, pelo CEVE, como dados históricos, e não como fundamentos litúrgicos. Por se tratar de uma instituição espiritualista e não religiosa dogmática, o CEVE respalda seus ritos na Luz espiritual contida na filosofia de todos os Mestres.

Toda manifestação de Sabedoria, seja ela oriental ou ocidental, é bem vinda. A Umbanda, como ressurgimento ritualístico, é considerada brasileira e, a exemplo do Brasil, ainda se encontra em processo de formação.

Não obstante, a Síntese da Luz proposta em seus fundamentos está perfeitamente afinada com a nova Ordem Mundial (Consciência Espiritual). Sobre este aspecto, o CEVE é incisivo ao abolir dos seus rituais conotações excessivamente místicas oriundas de folclóricas superstições.

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