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INICIAÇÃO

No CEVE, as iniciações acontecem em três níveis: Filosófico, Mediúnico e Ritualístico. Juntas, promovem o desenvolvimento da percepção e, consequentemente, a expansão da Consciência Espiritual.

 

A comunicação mediúnica, também denominada incorporação, deve ocorrer na dimensão espiritual e não no plano mental do médium. Por isso, é necessário trilhar o caminho iniciático. Somente através dele o médium consegue, durante as incorporações, transcender suas barreiras culturais, psicológicas e emocionais.

 

A exemplo de outros processos, os estágios iniciáticos são gradativos e reconhecidos à medida que as etapas anteriores são plenamente cumpridas. Porém, quando mal interpretadas, as graduações podem estimular equivocadas relações de poder hierárquico entre os médiuns. Equívocos dessa natureza comprometem as oportunidades coletivas e limitam excessivamente as atuações dos iniciantes. São nocivas lacunas geralmente associadas a métodos iniciáticos inadequados.

 

Por não existir um método totalmente infalível, é preciso estabelecer critérios. Não devemos confundir critério com discriminação. No CEVE, os critérios pré-estabelecidos como normas reguladoras das iniciações fundamentam-se na compatibilidade entre os Princípios do iniciante e os do CEVE. Isto exige um período de carência que corresponde a seis meses de preparação filosófica antes da iniciação mediúnica propriamente dita. Neste período, tanto o CEVE quanto o iniciando reconhecem entre si as reais possibilidades de harmonização.

 

Os Princípios filosóficos da Umbanda são, por natureza universais, e independem de qualquer cultura ou tradição. Entretanto, cada Templo Umbandista tem o direito de interpretá-los e praticá-los conforme os seus fundamentos. Ainda bem que é assim, pois do contrário, teríamos mais uma religião estagnada em codificações dogmáticas e não dinâmica como é a Vida. Enganam-se aqueles que pretendem fazer da sua verdade a verdade do outro.

 

As iniciações devem visar a busca da Luz espiritual, e não a Verdade. Como já dissemos, no mundo relativo a Verdade absoluta é uma utopia. Muitas são as religiões que pregam a Verdade Absoluta. Não obstante, os resultados são duvidosos e até conflitantes. É comum a Umbanda sofrer toda sorte de críticas por não possuir uma codificação. Mas quem se atreveria a codificar o Amor, a Esperança, os Rios, as Cachoeiras, os Prazeres e as Dores? Quem, em sã consciência, ousaria classificar os sonhos daqueles que crêem em Buda, Jesus, Krishna, Jeová, Alá ou no Preto Velho?

 

As iniciações, como a própria Vida, devem seguir seu curso natural e, acima de tudo, respeitar os valores sagrados já existentes no início. Sua tradição religiosa, seus costumes culturais, são peças fundamentais que determinam a sua forma de ver e perceber o mundo. Sem elas, tornam-se frágeis e vulneráveis a todo tipo de influências, inclusive as negativas.

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